PAÍSES BAIXOS

 

            

Os Países Baixos (em holandês Nederland) são a parte européia do Reino dos Países Baixos, uma monarquia constitucional membro da União Européia. Localizados no noroeste da Europa, limitam a norte e a oeste com o Mar do Norte, a leste com a Alemanha e a sul com a Bélgica.

Os Países Baixos são freqüentemente, mas erroneamente, chamados Holanda, que na verdade são duas de suas doze províncias, a Holanda do Norte e a Holanda do Sul (ver Holanda (topônimo)).

O país é densamente povoado; está também entre os de altitude média mais baixa — um quarto do território fica abaixo do nível do mar — daí a origem do nome Países Baixos. Os neerlandeses são conhecidos por seus diques, suas tulipas, seus moinhos, seus tamancos e sua tolerância social. Suas políticas liberais são freqüentemente mencionadas e usadas como (bons ou maus) exemplos nos demais países.

O Tribunal Internacional de Justiça e a Corte Penal Internacional têm suas sedes na Haia; embora Amsterdã (pt. Amsterdão) seja a capital constitucional, é aquela cidade que sedia o governo, a residência real e a maior parte das embaixadas.

A presença antiga do homem nesta região é atestada por monumentos megalíticos (dólmens) e túmulos da idade do bronze e por campos de urnas funerárias da idade do ferro. Na época da ocupação romana, que se mantém até ao século IV, a região dos Países Baixos era povoada por tribos célticas e germânicas. Os Saxões estabelecem-se a leste dos futuros Países Baixos e os Francos ocupam os territórios meridionais. A cristianização só se completa no final do século VIII, com a submissão destes povos a Carlos Magno. A administração carolíngia permite o desenvolvimento da actividade económica, enquanto nasce uma indústria têxtil.

No reinado de Carlos V, Sacro Imperador Romano e rei de Espanha, a região era parte das Dezessete Províncias dos Países Baixos, abrangendo a maior parte do que hoje é a Bélgica. À proclamação da independência (União de Utrecht, 1579; abjuração da soberania espanhola, 1581), no reinado de Filipe II, seguiu-se a guerra de independência. A assinatura, sob Filipe IV, do Tratado de Münster pôs fim à Guerra dos Oitenta Anos. O império espanhol reconheceu a República Holandesa dos Países Baixos Unidos, governados pela casa de Orange-Nassau e os Estados Generais, que anteriormente foram uma província do império espanhol. Os Países Baixos tornaram-se assim a primeira nação européia a assumir uma forma de governo republicana.

Ainda que o novo Estado exercesse autonomia apenas sobre as províncias do norte, a República das Sete Províncias Unidas dos Países Baixos desenvolveu-se e tornou-se uma das mais importantes potências navais e econômicas do século XVII. Neste período, conhecido como a Idade de Ouro neerlandesa, os Países Baixos estenderam suas redes comerciais por todo o planeta, estabelecendo colônias em lugares tão distantes quanto Java e o nordeste brasileiro (Brasil neerlandês).

Eclipsada pela ascensão britânica durante o século XVIII, a região foi mais tarde incorporada ao império francês sob Napoleão Bonaparte. Após o Congresso de Viena (1815), o Reino dos Países Baixos foi criado, incluindo os atuais Bélgica e Luxemburgo. A Bélgica conseguiu sua independência em 1830; o Luxemburgo, que seguia regras sucessórias distintas, seguiu seu próprio caminho após a morte do rei Guilherme III. Já no século XIX, os Países Baixos industrializaram-se mais lentamente do que os países vizinhos.

Permaneceu neutro e teve sua neutralidade respeitada na Primeira Guerra Mundial, mas na Segunda Guerra Mundial o país foi ocupado pela Alemanha nazista em maio de 1940, sendo libertado somente em 1945. No pós-guerra, a economia reergueu-se, e o país ingressou em organizações como o Benelux, a Comunidade Econômica Européia e a Organização do Tratado do Atlântico Norte.

Sediando, em Maastricht, a assinatura do Tratado da União Européia, o país foi um de seus membros fundadores, e aderiu ao euro em 1999, com as moedas e cédulas circulando a partir de 2002.

 

                                     Fonte: Wikipedia