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O Quilombo dos Palmares foi provavelmente o maior quilombo já formado no Brasil, sendo dirigido pelo escravo fugido Zumbi dos Palmares. O quilombo passa a ser atacado insistentemente pelo exército paulista e por volta do ano de 1710 o quilombo se desfaz por completo. Origens Os primeiros registros do Quilombo datam
1580 e são de
pequenos acampamentos formados por escravos fugitivos na
Serra da Barriga, um local de acesso relativamente difícil, que era
escolhido por estes como esconderijo. O Quilombo dos Palmares foi uma das maiores organizações de escravos negros foragidos das fazendas. Estruturou-se no período colonial e resistiu por quase um século. No final do século XVI o Quilombo dos Palmares ocupava uma vasta área coberta de palmeiras, que se estendia do Cabo de Santo Agostinho ao Rio São Francisco. Em fins do século XVII o território foi reduzido à região de Una e Serinhaém, em Pernambuco, Porto Calvo e São Francisco, atual Penedo, em Alagoas. Os escravos organizaram um verdadeiro Estado, nos moldes africanos, com o quilombo constituído de povoações diversas, mocambos, governados por oligarcas sob a chefia suprema do rei Ganga Zumba. Zumbi, seu sobrinho, herdou a liderança do quilombo por valor pessoal e combatividade. Ganga Zumba Quando os Holandeses foram expulsos em 1654, a produção açucareira voltou a prosperar, e com isso a necessidade de mão-de-obra escrava aumentou e com ela a aquisição de novos escravos. Quanto mais escravos aportavam em terras brasileiras, mais fugas ocorriam. Dado o elevado preço dos escravos, ataques a Palmares começaram a ser feitos visando a captura de negros. Segundo algumas fontes, um desses capturados foi um pequeno jovem que voltaria 15 anos depois e seria Zumbi, o mais famoso lider do quilombo. Durante essa época o quilombo era governado por Ganga Zumba, um líder que fez as aldeias crescerem e que implementou táticas de guerrilha na defesa do território. Tais táticas foram suficientes para que em 1677 Fernão Carrilho oferecesse um tratado de paz com Palmares, reconhecendo a liberdade dos nascidos no quilombo e dando a eles terras inférteis na região de Cocaú. Grande parte dos quilombolas rejeitou o acordo, nitidamente desfavorável, e uma enorme rixa surgiu entre eles, rixa esta que culminou com o envenenamento de Ganga Zumba e da ascensão ao poder de Ganga Zona, seu irmão e aliado dos brancos. Com esse quadro insustentável para os negros, o acordo foi rompido e a maioria voltou para Palmares, nesse momento já liderados por Zumbi. Zumbi Inicialmente Zumbi substituiu a defensiva tática de guerrilha por uma estratégia de ataques de surpresa constantes a engenhos, libertando escravos e se apoderando de armas e outros materiais que pudessem ser úteis para novos ataques. Com o tempo começou-se a desenvolver um comércio entre quilombolas e colonos, de tal forma que estes últimos chegavam a alugar terras para plantio e trocar alimentos por munição com os negros. São atribuídas a Zumbi uma grande inteligência e habilidade para guiar o seu povo tanto na frente de batalha quanto empreendendo a parte administrativa dos Quilombos. Diante dessa prosperidade a coroa tinha que tomar alguma medida imediata para afirmar seu poder na região. Numa carta à coroa portuguesa, o governador-geral da região confidencia que os Quilombos são mais difíceis de vencer até mesmo que os neerlandeses. O fim do QuilomboApós várias investidas, relativamente infrutíferas contra a nação de
Zumbi,o governador-geral contratou o experiente bandeirante
Domingos Jorge Velho para conter e exterminar de vez a ameaça dos
escravos fugitivos na região.
Fonte: Wikipédia |
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