INDEPENDÊNCIA DO BRASIL

Quadro Independência ou Morte mais conhecido com "O Grito do Ipiranga" de Pedro Américo (óleo sobre tela - 1888)

A Independência do Brasil foi um marco. Em 1822, finalmente o Brasil se libertou do domínio português.

O primeiro passo para a independência do Brasil aconteceu em Portugal. Depois da Revolução do Porto, em 1820, D. João VI não teve escolha a não ser voltar para seu país natal. Para não deixar o país abandonado, deixou seu filho, D. Pedro I (que ainda não tinha esse nome). Prevendo uma possível revolta no Brasil, desse jeito ele garantiria que a sua dinastia continuasse no poder.

Os ares da independência começaram a correr com a influência inglesa, que lucraria muito com essa separação. Quebrando o Pacto Colonial entre metrópole e colônia, o Brasil estaria livre para vender matéria-prima às indústrias inglesas, e eles venderiam seus produtos, sem a interferência da Coroa Portuguesa.

No Brasil, as revoluções que tomavam conta do país deram impulso aos ideais do povo, como a Conjuração Baiana (1798) e a Revolução Pernambucana (1817). As idéias que elas propagavam agradavam a elite, que via uma forma maior de liberdade. Esta elite, insatisfeita com o controle de Portugal na política e economia do Brasil colonial teria muito a ganhar com essa liberdade.

D. Pedro I ganhou forte apoio popular com o Dia do Fico (9 de Janeiro de 1822), o que deu para o imperador um certo gosto pelo poder. D. Pedro rapidamente quis criar um ministério formado apenas por ministros brasileiros, expulsando os escolhidos por seu pai. Portugal reagiu com a investida militar da Divisão Auxiliadora, estacionada no Rio de Janeiro sob o comando do Tenente general Jorge de Avilez, expulso do Brasil com suas tropas. D. Pedro se cansou do poder de seu pai e disse que nenhuma ordem seria acatada no Brasil sem a sua permissão: o "Cumpra-se" (21 de Fevereiro).

Quando dos festejos pelo aniversário de D. João VI, a 13 de Maio, o Senado da Câmara do Rio de Janeiro, pediu ao Príncipe-Regente que aceitasse para si e para seus descendentes, o título de Defensor Perpétuo do Brasil, que D. Pedro aceitou.

Para agilizar a relativa independência da colônia, D. Pedro rapidamente convocou a Assembléia Constituinte para fazer a nova Constituição do Brasil (3 de Junho). A pressão popular levou essa convocação adiante.

No final de agosto, D. Pedro viajava para a província de São Paulo para tentar acalmar a situação depois de uma rebelião contra José Bonifácio. Ao voltar de Santos, parando às margens do riacho Ipiranga, recebeu as ordens de seu pai para que voltasse para Portugal, se submetendo ao rei e às Cortes. Vieram juntos duas cartas, uma de José Bonifácio, que aconselhava D. Pedro a romper com a metrópole, e a outra da esposa dele, Maria Leopoldina, apoiando a decisão do ministro. D. Pedro I gritou a célebre frase Independência ou Morte!, rompendo o laço com Portugal, no dia 7 de Setembro de 1822. Ao chegar na capital, Rio de Janeiro, foi aclamado Imperador, com o título de D. Pedro I.

A independência do Brasil depois disso foi conquistada de um modo relativamente rápido. O apoio da Inglaterra nessa independência foi crucial, usando sua diplomacia. O uso de mercenário ingleses sufocando rebeldes e guerras foi decisivo. Depois disso, ela foi seguindo naturalmente. Inicialmente assustados com a idéia, os comerciantes e funcionários portugueses aceitaram a idéia, já que seus interesses seriam mantidos, já que o imperador era da dinastia de Bragança e herdeiro da Coroa Portuguesa.

Os problemas com as guerras não foram algo grande. Normalmente elas eram provincianas e de pequenos portes. Em 1823 todas elas já tinham sido sufocadas.

Apesar de ser bonita a história do rompimento com Portugal, a independência do Brasil teve vários aspectos negativos. Na sua maioria, foi uma independência das elites, que ganharam mais liberdade econômica e política. O povo não participou diretamente, e quem era pobre continuou no mesmo lugar. Até a escravidão foi mantida. Para ser reconhecido oficialmente, o Brasil teve que pagar dinheiro para as potências da época, como Portugal e Inglaterra, começando aí grande parte do endividamento. Quando D. João VI fugiu, levou todo o dinheiro que podia do Brasil, logo foi necessário pagar as dívidas depois de muito tempo, com juros absurdos. Por causa disso, o Brasil ficou preso à Inglaterra de um modo tão forte que não conseguiu se libertar da dependência dela.

A data comemorada oficialmente, em nível nacional, é o dia 7 de setembro de 1822, uma vez que nesse dia, às margens do riacho Ipiranga pertencente à atual cidade de São Paulo, o Príncipe-Regente D. Pedro, ao receber a correspondência da Corte, teria proclamado o chamado Grito da Independência, à frente da sua escolta: Independência ou Morte!

Outras datas consideradas historiograficamente para a Independência, embora menos populares são a data da coroação do Imperador (Dezembro de 1822) ou mesmo a do reconhecimento da Independência por Portugal e pela Grã-Bretanha (1825).

 

Fonte: Wikipédia