GEOGRAFIA ANARQUISTA

A geografia anarquista se desenvolveu em paralelo à consolidação da geografia enquanto disciplina científica, na segunda metade do século XIX. Com a difusão do positivismo nos meios acadêmicos e com a expansão das potências européias, a geografia nascia no seio das Sociedades Geográficas que buscavam, então, defini-la pondo-a a serviço dos projetos imperialistas.

Num movimento contrário, a geografia anarquista se desenvolvia como uma alternativa às formas de entender esta disciplina, desligada do poder instituído apontando contradições entre a sociedade e o estado e entre classes no interior da sociedade.

Entre os autores que escreveram no que mais tarde pode ser reunido sob o nome de geografia anarquista se destacam Elisée Reclus e Piotr Kropotkin desmistificando a idéia de que a hierarquia e/ou o governo e exploração social fossem dados sempre presentes nas sociedades ao longo da história. Reclus demonstrando através das condições geográficas e suas relações com este meio que as variadas sociedades estabeleciam aquelas mais propícias a modos de organização social igualitárias e outras que favoreceram a dominação, Kropotkin dando exemplos de suas viagens pela Sibéria de sociedades/comunidades que se organizavam e se desenvolviam no sentido da cooperação da ajuda mútua.

 

Fonte: Wikipédia