FERNANDO DE NORONHA

 

Dois Irmãos e Praia do Sancho

Fernando de Noronha é um arquipélago brasileiro formado por 21 ilhas e ilhotas, situado no Oceano Atlântico, a leste do Estado do Rio Grande do Norte e sob tutela do Estado de Pernambuco. É gerida por um administrador designado pelo governo do Estado. A ilha principal tem 17 km2 e fica a 545 km de Recife e a 360 km de Natal, capital do Rio Grande do Norte.

Após uma campanha liderada pelo ambientalista gaúcho José Truda Palazzo Jr., em 1988 a maior parte do arquipélago foi declarada Parque Nacional, para a proteção das espécies endêmicas lá existentes e da área de concentração dos golfinhos rotadores (Stenella longirostris) que lá se reúnem diariamente na Baía dos Golfinhos - o lugar de observação mais regular da espécie em todo o planeta.

Mergulho

Fernando de Noronha é um local de Mergulho recreativo de nível internacional. Com águas quentes ao seu redor, mergulhos a profundidade de 30 a 40 metros podem ser feitos agradavelmente sem necessidade de usar roupa de neoprene.

Próximo a ilha existe a possibilidade de se fazer um mergulho avançado e visitar a Corveta Ipiranga, que repousa a 62m de profundidade, depois de ser afundada naquele ponto intencionalmente, após um acidente de navegação.

A ilha conta com 4 operadoras de mergulho, oferecendo diferentes níveis de qualidade de serviço.

Problemas Ecológicos

Embora protegida pela designação de parque nacional, muito do seu ecossistema terrestre está destruído. A maior parte de vegetação original foi cortada na época em que a ilha funcionava como presídio, para tornar mais difícil que prisioneiros fugissem e se escondessem.

Existe também o problema das espécies evasivas, especialmente a linhaça, originalmente introduzida com a intenção de alimentar gado, sendo que atualmente, a sua disseminação pelo território está fora de controle, ameaçando o que resta da vegetação original. Sem a cobertura das plantas, a ilha não retém água suficiente durante a estação seca, e a vegetação adquire um tom marrom, secando como conseqüência.

Outra espécie evasiva, é o lagarto localmente conhecido como tejú, originalmente introduzido para tentar controlar uma infestação de ratos. A idéia não funcionou uma vez que os ratos são noturnos e o tejú é diurno. Atualmente o lagarto passou a ser considerado praga ao invés dos ratos.

História

A ilha terá sido descoberta, provavelmente, por Gaspar de Lemos, em 1500, ou por uma expedição onde Duarte Leite erroneamente terá atribuído o comando a Fernão de Noronha, em 1501-1502, porém, o primeiro a descrevê-la foi Américo Vespúcio, que tomou parte na expedição de Gonçalo Coelho.

A designação do arquipélago provém, no entanto, do nome do primeiro proprietário da capitania hereditária após doação de D. Manuel I em 16 de fevereiro de 1504 a Fernão de Noronha.

O arquipélago foi invadido algumas vezes, nomeadamente em 1534 por ingleses, de 1556 até 1612 por franceses, em 1628 e 1635 pelos holandeses, voltando ao controle português em 1700, para ser novamente conquistada pelos franceses em 1736 e definitivamente ocupada pelos portugueses em 1737

 

Fonte: Wikipédia